terça-feira, 25 de junho de 2013

Os montantes das "ajudas" é igual ao que sai em lucros, dividendos e juros...

"Nunca lá iremos sem duas coisas: exportações e também mercado interno"...

Carlos Carvalhas, neste vídeo, desmistifica que seja uma boa notícia um suposto equilíbrio da balança comercial sem mudanças estruturais. Sem reindustrialização não vamos lá. E como continuamos a privatizar empresas...

Os montantes em "ajudas" que vêm da UE é já praticamente igual aos valores que saem em lucros, dividendos e juros.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nothing Lasts Forever

É curiosa a resistência que se tem à admissão do fim. Que surpreendentes crenças construímos nós para nos iludirmos com a eternidade! Talvez esteja indirectamente relacionado com o medo da morte, ou não, mas somente apego ou inércia à mudança... O curioso está no facto de que se tudo tem um fim por que custa tanto admitir isso?

Vídeo ao clicar na imagem

domingo, 9 de junho de 2013

Esconderam as vergonhas atrás da moita

Dei há momentos com o blog Imagens de Campanha e, sem explora-lo exaustivamente, ficou-me claro que toda a análise dos outdoors feita pelos autores é na perspectiva de quem vende um produto, centrando-se como chegam até ao "consumidor" e se angariará "clientes". A preocupação por outdoors com substância política é profundamente desvalorizada. Este post sobre os outdoors da campanha de Moita Flores à câmara de Oeiras é exemplo de uma dessas análises, embora haja um comentário irónico em tom de auto-crítica por parte do autor. 


Neste caso, o autor do post nem repara num pormenor importante: os outdoors não têm o símbolo do PSD. Têm vergonha? Sabem que tal colagem simbólica a um dos partidos do governo, que traiu e trai os portugueses, não é eleitoralmente positivo na perspectiva de quem vende votos?

Uma amiga minha, psicanalista, dizia que o símbolo do PSD tinha uma forma fálica e que inconscientemente isso provocaria algo nas pessoas. Em Oeiras o PSD preferiu capar-se do que mostrar o seu símbolo flácido. Em tempo de "austeridade" e de "sacrifícios" é preciso mais contenção nos gastos das campanhas, dizem eles, embora a vila esteja já cheia destes dispendiosos outdoors. Poupam apenas no Viagra. As Catarinas estão sem pirulitos.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

"Sabes que o que escreves no facebook fica guardado, pá?"

 "Sabes que o que escreves no facebook fica guardado, pá?" - perguntou-me. Na minha ingenuidade, pensei que o rapaz me alertava para o facto de toda a informação que disponibilizo, inclusive o que escrevo e partilho, ficarem guardadas e no futuro poderem ser usadas contra mim. Sim, por que embora em Portugal ser neste momento pouco provável vir a ser alvo de terrorismo de estado por motivos políticos, nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Aquele que antevejo não é coisa boa.

Mas, afinal, o que animava o autor da pergunta não era uma preocupação para comigo no futuro, mas a revelação indirecta de que gostaria de um dia ver-me a dizer o contrário do que defendo hoje e a precisar de dar o dito por não dito. Como se alguma vez me pusesse a dar o dito por não dito! Assim que percebi o sentido da pergunta expliquei-lhe:

"Olha, tudo está em transformação, em movimento, pá, o que penso hoje é muito diferente do como pensava há uns anos, por isso, pá, era só o que me faltava que me fosse tirada a liberdade de mudar de opinião". Perante a minha resposta, surpreendido, ele sugou o café guardando uma réstia de discernimento para não engolir a chávena nem queimar a língua.

Aproveito, perante as notícias que nos chegam dos States, para mais uma vez declarar, agora em americano, que I'm not a commie pá!. Acho que agora já me safo, é que pretendo ir a New Orleans dar literalmente um bacalhau ao Buddy Guy e não quero problemas com as autoridades de lá.